Três concluintes do curso Mobilizadores da Ong relatam como conseguiram sensibilizar pais e crianças da escola onde trabalham sobre a importância da prevenção de acidentes. 

Três professoras do CEI (Centro de Educação Infantil) Murilo Serpa II na comunidade de João Arruda, Fortaleza foram alunas por dois meses e mobilizadoras por um mês graças ao curso online Criança Segura Mobilizadores, que acabou no fim de junho. As aulas, que aconteciam pela internet com cursistas do Brasil todo, inspiraram o trio a realizar diversas atividades na escola onde trabalham com o objetivo de despertar o interesse dos participantes sobre a prevenção de acidentes domésticos com crianças e adolescentes.

Eliane Maria da Silva Dantas, Joelísia do Nascimento Teixeira e Nadia Karla Cavalcante elaboraram seu plano de ação (atividade que faz parte do curso e determinante para certificação) em três etapas: diagnóstico, preparação para apresentação e ação mobilizadora. O grupo se reunia uma vez por semana para planejar as atividades que fariam parte da “Semana do Bebê”, que já acontecia no CEI. As alunas organizaram uma instalação em forma de stand no Auditório do Centro de Cidadania da cidade. Ali, elas conduziram visitas monitoradas por exemplos de perigo dentro de casa, passaram vídeos da Criança Segura para as famílias, conduziram conversas com os grupos participantes sobre a importância da prevenção e ainda contaram com a parceria valiosa do Corpo de Bombeiros, que ministrou uma palestra sobre primeiros socorros com instruções práticas.

Além dos materiais do curso, as mobilizadoras contaram com conteúdos do site da Ong Criança Segura, da Pastoral da Criança, do Portal da Saúde e do Youtube {links} para trazer mais conteúdo para as atividades. Para a montagem de uma “casa de mentira”, as cursistas contaram com a doação de brinquedos da escola e das famílias para montagem de um cenário que ilustrasse os acidentes domésticos. O público impactado, cerca de 140 pessoas, era composto por: crianças e adolescentes, pais e responsáveis, profissionais da educação e de segurança.

Para as mais novas mobilizadoras da Ong Criança Segura, houve mudanças de comportamento após a atividade: “Costumávamos perceber a utilização, pelas crianças, de objetos inapropriados na hora da chegada e a falta de atenção por parte das famílias em relação aos riscos que podiam trazer. Depois da ação, os pais ficaram mais atentos ao material que vinham nas mochilas (bolas de gude, objetos cortantes, chaves, agulhas, frascos vazios de produtos de higiene e etc.) e que estavam em casa à disposição das crianças. Ouvimos muitos relatos dos pais sobre como estão remodelando e reorganizando os espaços da casa”.

Além de sensibilizar a comunidade, elas mesmas têm um novo olhar para segurança das crianças após o curso, pois agora estão mais atentas ao recebimento e compra de brinquedos apropriados para a faixa etária atendida (1 e 2 anos), o que anteriormente não era fiscalizado com tanta firmeza junto ao fornecedor.

“O maior resultado que poderíamos ter foi a mudança de comportamento das pessoas envolvidas e o interesse em conhecer e aprender mais sobre o assunto. Afinal, mobilizar é conhecer e poder mudar concepções e atitudes fazendo diferente”, finalizam.

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