No dia 28 de setembro, a Criança Segura participou da I Semana de Conscientização do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) de Porto Alegre. O evento foi realizado pelo Instituto Elo, Câmara Municipal de Porto Alegre e Escola do Legislativo da Câmara Municipal de Porto Alegre e teve apoio da Procuradoria Especial da Mulher e do Programa Transtornos do Déficit de Atenção e Hiperatividade (Prodah), do Hospital de Clínicas.

O objetivo dessa semana era apresentar aos pais, professores, familiares e cuidadores as condições, limitações e comportamentos comuns das crianças e adolescentes portadores do TDAH.

Na ocasião, a gerente executiva da Criança Segura, Gabriela Guida de Freitas, apresentou dados sobre acidentes com crianças e adolescentes de até 14 anos no Brasil e reforçou a importância da adoção pelos adultos de medidas simples de prevenção para evitar que meninas e meninos se machuquem ou até percam a vida em razão de acidentes.

Além disso, Gabriela apresentou dados de pesquisas que indicam que crianças portadoras de TDAH tendem a sofrer mais acidentes do que crianças que não possuem esse transtorno. Isso acontece devido a uma disfunção do lobo pré-frontal, área responsável pela tomada de decisões, planejamento de ação e controle das emoções. Em razão dessa disfunção, meninos e meninas que possuem TDAH são mais impulsivos e possuem maior dificuldades para avaliar os riscos de suas decisões e, portanto, tendem a serem mais suscetíveis a acidentes.

“Toda a sociedade é responsável por proporcionar segurança às crianças e, para isso, é muito importante que todos tenham consciência das especificidades do desenvolvimento infantil e compreendam as diferenças entre crianças com necessidades específicas. Pais, familiares, responsáveis, cuidadores de crianças, governos, enfim, toda a sociedade deve estar ciente e agir para evitar acidentes, olhando para o mundo e as situações com um olhar clínico para identificar os riscos e, assim, poder oferecer para estes meninos e meninas um ambiente seguro onde elas possam explorar e se desenvolver de forma saudável” disse Gabriela Guida de Freitas.

No Brasil, o acidentes são a principal causa de óbitos de crianças e adolescentes de um a 14, segundo dados do Ministério da Saúde. Porém, estudos comprovam que 90% desses casos poderiam ser evitados com a adoção de comportamentos simples de prevenção.

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