Compartilhe
Sufocação: por que acontece e quais os riscos às crianças?
Crianças, principalmente as pequenas, têm a tendência de levar tudo o que pegam à boca. Nessa fase da vida, é assim que meninas e meninos experimentam o mundo. Apesar de ser um comportamento natural e que faz parte do desenvolvimento dos pequenos, pais, familiares, responsáveis e cuidadores de crianças precisam estar sempre atentos para evitar que as crianças acidentalmente engulam algo perigoso e acabem se engasgando ou sufocando.
No Brasil, a sufocação é o tipo de acidente que mais tira a vida de crianças com menos de um ano de idade. Mas quais são os motivos que levam esse acidente a ser tão perigoso para meninas e meninos – principalmente quando são bebês? Saiba tudo neste artigo.
Por que crianças são mais vulneráveis à sufocação e ao engasgamento?
Devido a características físicas e comportamentais próprias do desenvolvimento infantil, crianças, especialmente as menores de três anos de idade, são mais propensas a sofrerem acidentes relacionados à sufocação ou engasgamento.
Sufocação
A sufocação ocorre quando há a cobertura total ou parcial do nariz e/ou da boca de uma pessoa, que resulta na dificuldade ou impossibilidade de respirar. Entre bebês menores de um ano de idade, o risco de sufocação é muito alto devido a sua falta de capacidade de escaparem por si mesmos de uma situação de perigo.
Bebês não possuem habilidade motora para retirar sozinhos de seu rosto algum objeto que esteja dificultando sua respiração. Assim, se uma almofada ou cobertor acidentalmente cobre seu nariz e sua boca enquanto estão sem supervisão – como na hora de dormir – eles podem acabar perdendo a vida por não conseguirem respirar e não terem a capacidade de saírem dessa situação.
Já entre as crianças um pouco maiores, sua curiosidade e tamanho pequeno podem representar um risco, pois elas podem acabar presas em locais fechados onde a passagem de ar não seja possível, como em baús de brinquedo ou porta-malas de um carro.
Engasgamento
O engasgamento acontece quando há obstrução das vias aéreas, o que impede que o ar chegue aos pulmões.
Crianças possuem as vias aéreas superiores (boca, garganta, esôfago e traqueia) bem menores que as de um adulto. Assim, alimentos ou objetos de tamanhos quase insignificantes, como um amendoim ou um botão, podem obstruir totalmente a entrada de ar para os pulmões caso fiquem presos em sua garganta acidentalmente.
Seus dentes também são menores do que os de um adulto, o que dificulta a trituração adequada dos alimentos na boca. Além disso, são pouco experientes em coordenar os esforços de mastigar e engolir. Por isso é tão importante estarmos atentos para evitar acidentes na hora de alimentar meninas e meninos.
Para dificultar ainda mais, crianças costumam querer falar, brincar e rir enquanto comem e isso aumenta as chances de o alimento ser aspirado de forma involuntária, provocando o engasgamento.
Em nosso site, você encontra diversas dicas que irão te ajudar a evitar acidentes com sufocação e engasgamento. Clique aqui e confira.
Dados sobre sufocação e engasgamento
De acordo com dados do Ministério da Saúde, em 2016, 826 crianças e adolescentes morreram devido a acidentes com sufocação e o engasgamento. Essa foi a terceira principal causa de óbitos por motivo acidental entre meninas e meninos dessa faixa etária no país.
Crianças de até um ano de idade foram a maior parte (77%) das vítimas desse tipo de acidente: 636 bebês morreram devido a sufocação ou engasgamento naquele ano.
Em relação às internações de meninos e meninas de zero a 14 anos por acidentes no Brasil, foram registradas 508 hospitalizações em decorrência de sufocação ou engasgamento, a maioria desses casos (56%) aconteceram com crianças de um a quatro anos.
Ao observarmos os tipos de acidentes envolvendo sufocação e engasgamento que foram responsáveis pelo maior número de mortes de crianças e adolescentes de zero a 14 anos, vemos que 33% dos óbitos foram classificados como “inalação do conteúdo gástrico”, que inclui a asfixia ou sufocação causada por vômito ou alimento regurgitado, 32% como “risco não especificado à respiração” e 23% como “inalação ou ingestão de alimentos causando obstrução do trato respiratório”.
Como podemos observar, é muito importante que os responsáveis pelas crianças estejam sempre atentos para evitar esse tipo de acidente, principalmente com crianças de zero a quatro anos, na hora de dormir e alimentar os pequenos. Com medidas simples de prevenção é possível evitar 90% das mortes acidentais de meninas e meninos. Informe-se sobre o assunto e garanta sempre a segurança e o bem-estar de crianças e adolescentes.
Quer saber mais sobre a prevenção desse e outros tipos de acidentes com crianças? Inscreva-se em nosso curso para Familiares e Responsáveis. É totalmente gratuito e online.